domingo, 28 de fevereiro de 2010

ARTIGO: A ESTRATÉGIA DO GOLEIRO-LINHA

A ESTRATÉGIA DO GOLEIRO-LINHA
Wilton Carlos de Santana
Mestre em Pedagogia do Movimento pela UNICAMP (SP)
Doutorando em Educação Física na UNICAMP (SP)

Sabe-se que as regras condicionam em larga medida o comportamento dos jogadores. No caso do futsal, as alterações ocorridas na década de 1990 muito modificaram a maneira de atuar do goleiro.
Primeiro, a área penal, que além de aumentada de quatro para seis metros, foi liberada para anotação de gols; depois foi impedido que o goleiro recebesse com as mãos bolas recuadas por seus companheiros, lhe obrigando a usar o pé; permitiu-se, igualmente, que, da sua área, chutasse contra a meta adversária; em seguida, uma mudança ainda mais sensível: a regra permitiu que ele atuasse fora da área penal com os pés. A decorrência desta última modificação é que, além das habilidades peculiares, os goleiros tiveram de desenvolver as ofensivas com os pés, como o domínio/controle da bola, o passe, o chute (e até mesmo a condução e o drible!). Em geral, se aceita, hoje, que goleiro bom é o que reúne tamanha versatilidade.
Sem dúvida que um goleiro com virtudes ofensivas com os pés gerará mais conforto para a equipe quando do ataque. Porém, ainda me agrada a idéia de que um bom time precisa atacar bem o suficiente de modo que se o seu goleiro não se incorporar ao ataque ele se mantenha insinuante no jogo. Por outro lado, todo goleiro precisa ser um especialista debaixo do gol. Nesse ponto não dá para cair em relativismo − ainda que eu pense que os jogadores de linha têm de ser bons defensivamente o suficiente ao ponto de prescindir de um goleiro impecável. Ora, não se pode esquecer que a defesa do goleiro é decorrência de um sistema defensivo de linha que falhou! Isso não contraria a tradição de que um “grande time começa com um grande goleiro”, mas sustenta o fato de que todos os jogadores, na mesma proporção, são defensores no futsal. Tampouco exclui a evidência de que o goleiro faz parte do sistema defensivo como um todo, executando coberturas, antecipações etc.
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A colocação do goleiro fora da área penal, mesmo com

um bom plano de jogo, expõe a equipe. Por isso,

precisa ser apreciada com diligência pelos treinadores.

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Penso que uma parte dos técnicos tem creditado muita responsabilidade ao goleiro, colocando-o para jogar muito adiantado e por muito tempo. Dia desses assisti a um jogo da Divisão Especial (PR) em que uma das equipes, uma das mais bem classificadas do campeonato, sofreu um gol de contra-ataque de “cabeça”! Isso mesmo. Depois de o goleiro, localizado bem adiante da linha divisória central, chutar sem direção contra a meta adversária, a bola tocou na parede e voltou nas mãos do goleiro adversário (“quadra rápida”), que lançou para o pivô e este fez o gol. Aí está: o goleiro chutou tão próximo do gol do outro que não deu tempo de ele e da cobertura retornarem para defender a meta. Na semifinal da Liga, no segundo jogo entre Cortina x Malwee, aconteceu algo semelhante.

O meu raciocínio não exclui que o goleiro desenvolva o jogo de quadra, tampouco que os desenhos que impõem uma superioridade numérica não sejam eficazes em alguns momentos, isto é, que resultem em posse de bola seletiva e volume de finalizações para a equipe. Acho até mesmo que, além da vantagem numérica, que tende a desgastar menos os jogadores fisicamente e da posicional, pois sempre haverá, teoricamente, uma linha de passe aberta, há uma vantagem psicológica interessante sobre o adversário quando se joga bem nesses desenhos. Mas não é fácil sustentar isso por muito tempo sem errar! Pior ainda: quase sempre o erro ofensivo tende a custar muito caro para a equipe, pois dificulta as coberturas, a temporização e o retorno.
Isso posto, regra geral, afirmaria que, primeiro, o time precisa desenvolver o seu jogo de ataque com eficiência independentemente do goleiro e, segundo, que jogar com o goleiro na linha é recurso e não sistema. Evidentemente que a estratégia do goleiro-linha pode ser usada contra qualquer equipe, não apenas quando o placar é adverso, mas diria que não a maior parte do confronto, como um padrão de jogo da equipe.
Por outro lado, penso que quanto melhor for o goleiro na linha, mais o time o “chamará” para se incorporar ao ataque. Bastará encontrar dificuldade no ataque posicional (4x4) que a bola “andará para trás”, ao encontro do goleiro, para que ele tome a melhor decisão. Logo, haverá uma tendência para se aderir a esse tipo de comportamento tático, independentemente dos planos traçados pelo técnico. O contrário também é verdadeiro: se ele for deficiente no jogo de linha, mais o time se empenhará em atacar em quatro.
Essa lógica é verdadeira também para defesa, embora nenhum jogador confirme isso, ou seja, se o goleiro for impecável, todos serão menos atentos e ativos para marcar; se o goleiro for mediano, todos tendem a se empenhar mais defensivamente − isso independentemente da vontade do técnico!
Não obstante o fato de se poder usar o goleiro na linha (ou um linha-goleiro), penso que as funções originais dessa posição, isto é, as defensivas, garantem o valor desse jogador. Afinal, são aquelas que, quase sempre por último, evitam os gols adversários. A colocação do goleiro fora da área penal, mesmo com um bom plano de jogo, expõe a equipe. Por isso, precisa ser apreciada com diligência pelos treinadores.
FONTE: Pedagogia do Futsal

VÍDEO: VANDER JOGANDO PELO FLA

VANDER JOGANDO PELO FLA NA LIGA FUTSAL DE 2000

VANDER CARIOCA É APRESENTADO NO POKER/PEC

VANDER CARIOCA É APRESENTADO NO POKER/PEC
Vander recebe a camisa do Poker/Pec de Cupim (à direita) e de Vinicius

O pivô Vander Carioca foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira (26/2) como novo jogador do Poker/PEC. O novo atleta da equipe de Petrópolis já deixou claro os objetivos na temporada: fazer gols que ajudem o time a fazer a melhor campanha na Liga e voltar a brilhar na Seleção Brasileira.
“Sei que vocês estão alegres com a minha chegada, mas tenham certeza de que a minha alegria é muito maior. Estou entre amigos, em um ambiente maravilhoso. O projeto é muito interessante e acredito que poderemos conquistar muitas coisas”, disse o atleta, que recebeu a camisa 14 das mãos de Cupim, capitão do time e amigo pessoal de Vander, e de Vinícius, único atleta remanescente do primeiro time do Poker/PEC, em 2002.
Sobre seu retorno ao estado, Vander Carioca fez questão de encerrar qualquer tipo de polêmica com os dirigentes da Malwee. “Quando fui para lá, estava com o coração partido. Já estava há nove anos fora e precisava ficar próximo da minha família, que vive um momento difícil. Acabou não acontecendo o acerto e não pensei duas vezes em vir. Mas tenho muito carinho por todos”, explicou.
Sobre a participação na próxima Liga Futsal, Vander lembrou que esta não será uma competição fácil. “A Liga está muito disputada. O que tenho de fazer é meter gols. Tenho certeza de que podemos chegar entre os quatro primeiros, pelo elenco que temos. Nosso pensamento deve ser este”, avisou.
Vander confirmou que pretende encerrar a sua passagem pelas quadras em Petrópolis. Mas antes quer concretizar o sonho ser campeão mundial com a Seleção, em 2012. Nas duas Copas do Mundo que disputou, em 2000 e 2004, o Brasil ficou em segundo e terceiro lugar, respectivamente. “Estarei com 36 anos no próximo Mundial. Estou motivado e quero conquistar o título que ainda não tenho. Vou batalhar para estar nas próximas convocações”, finalizou.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CONTRATAÇÃO DE VANDER CARIOCA CORRE O MUNDO

25/02/2010Unbelievable from Brazil: market news

 
 
Few days ago Malwee/Cimed announced the great signing of Vander Carioca, back in his native Brazil after a long journey in the european futsal (Spain, Italy and Russia). Today everything is changed! According to our informations Vander and Malwee had some troubles when the carioca player arrived in Santa Catarina's state: maybe some misunderstanding which caused the immediate departure of the athlete. A good option for Vander in order to come back to his "original state" of Rio De Janeiro, namely in Petropolis, where the strong pivot has signed a two years contract with Poker/PEC.
 
FONTE: www.futsalplanet.com

VANDER CARIOCA É DO PEC

VANDER CARIOCA É O GRANDE PRESENTE PARA A TORCIDA DO POKER/PEC
Vander Carioca atuando pela Seleção Brasileira

Ele é um dos maiores jogadores que já passaram pelas quadras do mundo na última década. Vander Carioca, 34 anos, vai jogar a Liga Futsal pelo Poker/PEC. O jogador que já disputou dois Mundiais pela Seleção Brasileira (2000 e 2004), acertou compromisso por dois anos com a equipe petropolitana. Ele será apresentado oficialmente nesta sexta-feira (26), às 9h, no Ginásio da UCP, no Bingen, em Petrópolis.
Vander começou no Tio Sam, nas categorias de base. Ainda muito jovem, seguiu para o futsal paulista, onde defendeu Wimpro e GM. Mas foi em 1997 que ele explodiu, quando foi o artilheiro da Liga Futsal, com 36 gols, ajudando o Atlético-MG a conquistar o título da competição.
Em 1998, voltou ao seu estado de origem, como principal estrela do Iate/Kaiser, ao lado de craques como Serginho, Sandrinho e Júlio César. Ficou em terceiro lugar naquela Liga. O time se transformou em Rio/Miécimo na temporada seguinte, ficando com o vice-campeonato na temporada.
Em 2000, foi o grande nome do Flamengo, que disputava a Liga pela primeira vez. Ídolo da torcida, deixou o clube no ano seguinte, para defender o maior rival, Vasco. Até que deixou o país para atuar na Espanha e, posteriormente, na Rússia.
– Estou muito feliz. Estava precisando mesmo voltar. Jogar em Petrópolis é legal, pois fica pertinho do Rio, rapidamente estou em casa. E venho para ficar de vez. Estou com 34 anos e quero encerrar a carreira por aqui – avisa.
Vander Carioca começou a namorar o Poker/PEC há quatro anos. Era o grande sonho da diretoria do clube, que tem como objetivo ficar pela primeira vez entre os oito primeiros da Liga. Mas o pivô sonha mais alto:
– Já avisei ao pessoal que quero ficar entre os quatro primeiros. O projeto é muito interessante e o grupo é bom.
Vander já está totalmente enturmado com os jogadores. Ele atuou com Marcinho no futsal russo e com Cupim na Espanha. Também é amigo de Juninho e do técnico Faisal Saab.
O jogador garante que não será preciso se readaptar ao futsal brasileiro, já estava em um país onde se joga em alto nível.
– O futsal russo evoluiu muito. Estou há um mês parado, mas estou bem. No ano passado, joguei algumas partidas pela Seleção Brasileira e em pouco tempo já estarei pronto para dar alegrias – garante o craque

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NOTÍCIAS

CARLOS BARBOSA REPATRIA O ALA/PIVÔ PABLO
Pablo retorna ao Brasil

Na manhã desta terça-feira (23/2) foi confirmada pela diretoria do Carlos Barbosa (RS) a volta do ala/pivô Pablo, que estava no futsal espanhol. O jogador, que entre os títulos de seu currículo ostenta o campeonato mundial de clubes pela ACBF, defenderá o clube gaúcho durante toda a temporada 2010.
Pablo estava atuando no Sala10 Zaragoza, da Espanha, e recentemente veio ao Brasil para se recuperar de uma lesão. O atleta está entregue ao departamento médico da ACBF, onde irá se recuperar totalmente da contusão antes de se reunir com o restante do elenco laranja.
O atleta, que já teve passagem pela Seleção Brasileira de Futsal, esteve na equipe da ACBF entre as temporadas de 1999 e 2004, período que conquistou os títulos de Campeão Mundial (2004), Bicampeão da Liga Futsal (2001 e 2004), Tricampeão Gaúcho (1999, 2001 e 2004) e Bicampeão Sul-Americano (2002 e 2003).
Os dirigentes gaúchos ainda não confirmaram a data de estreia do reforço. Assim que estiver totalmente recuperado, Pablo será entregue a comissão técnica laranja para as primeiras atividades físicas e técnicas.
 
Trajetória Esportiva:
95/96 - 96/97 - Uruguayana
98/99 - 03/04 - Carlos Barbosa
04/05 - 07/08 - Playas de Castellón (Espanha)
08/09 - MRA Navarra (Espanha)
09/10 - Sala 10 Zaragoza  (Espanha)
 
Títulos
34 vezes convocado para a Seleção Brasileira
1 Supercopa (2004)
2 Ligas brasileiras (2001, 2004)
4 Ligas estaduais brasileiras (1999, 2000, 2001, 2003)
2 Supercopas da América (2002 y 2003)
2 Copas Intercontinentais (2001, 2004)
3 Campeonatos Sulamericanos (2000, 2002, 2003)
1 Campeonato Serie Ouro (2002)
1 Grand Prix da América (2005)
Melhor Ala da Liga brasileira (2003)
Melhor Jogador da Liga brasileira (2004)
Melhor Ala direito da Liga brasileira (2004)
Artilheiro da Liga brasileira (2004)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

VÍDEO

PRINCÍPIOS DO RETORNO DEFENSIVO

GOLSSSS

GOLS DA ÚLTIMA RODADA DA LIGA ESPANHOLA 2009/2010
OS 5 GOLS MAIS BONITOS DA 18° JORNADA LNFS - DIVISÃO DE HONOR

NOTÍCIAS

ANÁPOLIS/SUPER BOLA SERÁ APRESENTADO NESTA QUARTA - FEIRA
O goleiro Reginho é um dos reforços do Anápolis

Única representante goiana na Liga Futsal 2010, maior competição do futsal brasileiro, a equipe do Anápolis/Super Bolla será apresentada oficialmente na manhã desta quarta-feira (24/2) no ginásio Newton de Faria, em Anápolis (GO). A apresentação contará com a presença do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide e do secretário de Esportes do município, Ademir Marinho, além de vereadores e lideranças ligadas ao esporte.
Treinando há pouco mais de dez dias a equipe do Anápolis terá sua delegação apresentada. Ao todo o clube conta com doze jogadores já contratados, além de nomes experientes à frente da comissão técnica, que é liderada pelo técnico Rogério Mancini, que já dirigiu equipes como a Ulbra/Suzano e a Intelli, ambas pela Liga Futsal.
Na supervisão o grupo conta ainda com Neomar Aimi, o Gringo, que fez parte da equipe da John Deere Futsal – posteriormente Horizontina Futsal – de Horizontina (RS), que foi tricampeã gaúcha. Além deles, também foi trazido o preparador-físico Paulo Vernes, experiente profissional que trabalhou no Internacional (futebol e futsal), na Ulbra, La Coruña (ESP) e no Carlos Barbosa.
Atletas serão apresentados
O grupo de atletas, que já conta com doze nomes, também será apresentado à imprensa e ao público anapolino. A equipe ainda busca reforços para a disputa da principal competição nacional, mas o time foi montado de acordo com o perfil de cada atleta, sob a supervisão do técnico Mancini e de Gringo.
“Buscamos o perfil de jogadores que se encaixassem no que estamos propondo ao montar uma equipe de futsal em Anápolis, que foca a disciplina e a seriedade aplicadas no trabalho do dia a dia. Este foi o principal norte que tomamos quando buscamos esses atletas que formarão nossa base e que foram criteriosamente escolhidos”, explicou Gringo.
E o grupo que defenderá as cores da cidade de Anápolis, neste ano, mescla experiência com juventude. A equipe conta com jogadores que já defenderam clubes importantes, como o pivô Renan Bastos, que passou por Benfica, de Portugal, e V&M Minas e Umuarama, do Brasil, e como o ala Pica-Pau, que foi ídolo no Carlos Barbosa e campeão da Liga Futsal em 2006. O time ainda tem atletas como Marcelinho Goiano, Rômulo, Reginho, Wemerson e Gil, este último repatriado do futsal do Cazaquistão.
“Nossa equipe é nova, mas contamos com o apoio total da Prefeitura de Anápolis. Assim que forem fechados mais patrocínios, reforçaremos ainda mais a equipe. Creio que temos um grupo equilibrado, que acredita no projeto aqui em Anápolis, que é uma cidade grande, que tem tudo para ser um pólo de futsal”, finaliza o supervisor.

Confira a lista de atletas do Anápolis/Super Bolla

Goleiros
Reginho (ex-Zaely/Gazin/Penalty) e Wemerson (ex-Fesurv)

Fixos
Rômulo (ex-Carlos Barbosa e Cortiana/AFF), Chiquinho (ex-Cortiana/AFF) e Vinicius (ex-Atlântico/Erechim)

Alas
Marcelinho Goiano (ex-Santa Fé-SP); Pica-Pau (ex-Carlos Barbosa e Zaeli/Gazin/Penalty); Jean Pierre (ex-Krona/Joinville/DalPonte); Sequinho (ex-Fesurv) e Gil (ex-UCS e Kairat Almaty-Cazaquistão)

Pivôs
Caio (ex-Cortiana/AFF) e Renan Bastos (ex-V&M Minas; Zaeli/Penalty/Umuarama; Benfica e Belenenses-Portugal e Praia Clube/Uberlândia)
FONTE: http://www.cbfs.com.br/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

NOTÍCIAS

Malwee/Cimed vence amistoso em Siqueira Campos (PR) 
A Malwee, de Leco, conquistou a vitória no Paraná

Em sua segunda partida preparatória do ano de 2010, que ocorreu na noite deste sábado (20/2), em Siqueira Campos (PR), o time da Malwee/Cimed conquistou sua primeira vitória da temporada frente à equipe local pelo placar de 11 a 3. Com Bazílio no gol, o treinador Marcos Moraes optou por utilizar duas formações básicas para priorizar o entrosamento.
Na primeira jogaram Chico, Leco, Marcio e Falcão, já a segunda entrava em quadra com Índio, Lucas, Jonathan e Lenísio. E o público que lotou o ginásio viu a partida começar movimentada, com o Siqueira Campos saindo na frente logo no primeiro minuto.
Mas com dois gols de Falcão em apenas dez segundos os jaraguaenses viraram a partida. Aos treze minutos o time da casa ainda empatou, mas Chico e Lucas logo trataram de ampliar, fechando o primeiro tempo em 4 a 2. Na segunda etapa a única alteração ficou por conta da entrada do goleiro Tiago.
O restante dos gols saiu dos pés de Falcão, Índio, Chico e Lucas. Apesar do placar elástico, Moraes ressaltou a importância do jogo para que os catarinenses cheguem bem à Superliga. “Em um jogo como este o principal é que o time se encaixe bem e os jogadores se conheçam melhor dentro de quadra. Sob este aspecto podemos dizer que houve sucesso.”
Depois de realizar o segundo amistoso da temporada na noite de sábado (20/2), o time da Malwee/Cimed Futsal seguiu direto para Londrina (PR), onde encara o Colégio Londrinense na segunda-feira (22/2).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

ARTIGO: ORIGEM DO 4 EM LINHA (4 X 0)

QUATRO EM LINHA (4 X 0) - ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
Para quem não conhece, Zego é considerado o melhor treinador do mundo, segundo a imprensa européia. Com mais de 40 anos de experiência no futsal, Zego tem 55 anos, e é natural de São Paulo (SP) o currículo de Zego é extenso. Destaque para passagens, como jogador, por Corinthians (bi-campeão brasileiro), Palmeiras, Seleção Brasileira (Tri-Campeão Sul-Americano na Argentina, Uruguai e Brasil) e internacional (campeão gaúcho). Como treinador atuou por sete anos na Espanha, onde foi tri-campeão nacional e europeu pela FIFUSA e bi-campeão espanhol orientando o Carrastilla la Mancha. Em Portugal foi campeão nacional pelo Avillhó. E na Itália trabalhou no Verona. Ele também ministrou cursos para formação de treinadores de 16 diferentes países e é autor do livro "Movimentos Ofensivos do Futsal", além de ser o criador do sistema 4.0, o já popular "quatro-em-linha".


Em meus inícios como treinador, no G. R. Citrosuco e na Fazendo Itamaraty de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, la pelo ano de 1982, observei que para fazer com que minhas equipes pudessem competir, com ambições e sem complexos, com aquelas de nível superior, teria fundamentalmente que melhorar constantemente em dois aspectos fundamentais, aprimorar consideravelmente a técnica individual e a mobilidade, para manter a posse de bola mesmo sendo constantemente pressionados.
Outro fator a buscar seria ter um juvenil que me lograsse em um ano já poder subir ao principal alguns garotos de futuro promissor e isso fui constatar e havia boa qualidade. Era um desafio grande, pois minhas equipes eram totalmente amadoras. Na Citrosuco o juvenil treinava no final da tarde e no principal, os rapazes trabalhavam no escritório da empresa durante o dia, à noite cursavam a faculdade e depois de tudo iam ao treino com desejos imensos. Meninos extremamente educados, com uma vida sacrificada e curiosamente, muito ilusionados com minha presença ao lado deles, o que nos tornava profundamente companheiros e me sensibilizavam muito. A qualidade humana deles me impressionava. Na Fazendo Itamaraty, de igual forma, excelentes rapazes, brasileiros e paraguaios, adolescentes e jovens que laboravam também duro todo o dia e depois a noite treinavam na nossa quadrinha aberta, com muitas ganas, rodeados de mosquitos por todos os lados.
Nossos contrincantes de fora de nossas cidades, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, eram agremiações meio profissionais, já com salários altos e uma estrutura profissional montada para competição. Difícil repto sem duvido, contudo com ilusão, perseverança e a ajuda de Deus, coisas boas acontecem.
Busquei então, no aspecto tático, recuar o pivot para propiciar superioridade numérica e ter mais um homem de apoio. Importante notar que na evoluçao do movimento poder-se-ia e pode-se evoluir de um 4x0 para um 3x1 ou um 2x2. Em hipotese alguma se deve mecanizar ou ter movimentos pre concebidos. O atleta, nesse momento, necessita pensar para fazer a leitura adequada e rápida das soluções possíveis, melhorando e desenvolvendo o raciocínio veloz e eficiente.
Sabia eu que as melhores equipes viriam desde o início de jogo diminuir o nosso espaço fortemente e precisávamos assustá-los, não transferindo a bola e sim saindo com ela dominada. Mesmo o adversário esperando atrás o posicionamento dos quatro jogadores me dava inúmeras variantes. Para o 3 x 1, para o 2 x 2, sobreposições, diagonais paralelas...dupla entrada, etc etc Outro detalhe a considerar, se viessem atrás nos propiciava tempo para pensar. Na fundamentação técnica, dava ênfases especiais a perna não dominante, numa proporção de 90 por cento para dez da perna dominante. Praticava tudo em diversos horários, horários livres para dois rapazes, outro horário para três atletas, outro individual. Aproveitava a hora de almoço deles, o inicio da manhã e conseguia melhorar tecnicamente a todos. Realmente com muito sacrifício.
Busquei, portanto, melhorando o bom passe, a boa recepção, a visão mais clara, a definição ( tiro ) de qualidade, etc... poder daí desenvolver um jogo veloz.
Uma grande falha dos últimos 20 anos no Brasil, foi e é pensar que o atleta competitivo depois de uma certa idade, não necessitar de praticar fundamentos. Os treinamentos atuais são embasados em dois pilares apenas; o apuro físico e a mecanização tática. Por esse motivo os campeões, dentro e fora do Brasil, perpetuam-se. A Malwee, o Interviu, O Benfica, etc... A única forma de conseguir resultados com menos dinheiro é o treinamento de qualidade superior e o cuidado e acompanhamento adequado das categorias menores.
O G. R. Citrosuco e a Fazenda Itamaraty de Ponta Porã tiveram uma trajetória brilhante. A equipe de Santos sagrou-se varias vezes campeã santista e conquistou por três vezes o título de campeã do interior paulista. No seu ultimo ano, se constituía em uma das melhores equipes do estado e inteiramente amadora. Infelizmente, um dia, por ciúmes entre os dirigentes da empresa veio a ordem superior para encerrar as atividades. Quanto a nossa esquadra sul mato-grossense, também teve trajetória repleta de conquistas e com méritos ainda superiores, pois os sacrifícios eram ainda mais complexos. Viajávamos para realizar amistosos em comboios, por se acaso algum de nossos veículos atolasse e assim ocorrendo tivéssemos de utilizar um outro veículo. Pelo caminho lamacento devido às constantes chuvas, depois de muitas horas, geralmente mais de dez, chegava-se ao local do jogo. Banhava-se e íamos a partida. Durante a viagem ficavam as imagens em nossas mentes de todo tipo de animais, repteis, felinos, aves, cruzando aqueles caminhos. No retorno, quando chegavamos a Fazenda, os meninos dormiam um pouco e logo regressavam ao trabalho no escritório. Eu aproveitava a manhã e início da tarde para treinar os mais jovens.
Foram varias vezes campeões da renomada Copa que a TV globo patrocinava. Muitas vezes campeões estaduais e representando a seleção de Mato Grosso do Sul obtiveram a classificação derrotando a seleção paulista. Posteriormente ficaram em quinto lugar na fase final. Quintos do Brasil.
Quanto ao quatro em linha, durante esses 5 anos, simplesmente passou desapercebido entre os treinadores brasileiros da época. Só depois de a Espanha conseguir seus dois títulos mundiais despertaram para as possibilidades que propiciava essa disposição ofensiva aqui no Brasil.
Dedico este comentário aos dois principais artífices de tudo isso, nossos máximos dirigentes, o Sr. Donato e o Dr. Nomuro, hoje falecido (dirigentes da Citrosuco e da Fazenda Itamaraty) e a todos aqueles brilhantes rapazes das duas agremiações.

Obrigado pela atenção
FONTE: Blog do Zego

ARTIGO: EUROCOPA DE FUTSAL 2010

A  DESFAÇATEZ DO SR PLATINI

Acompanhar o campeonato europeu recentemente pelos jornais brasileiros foi algo completamente impossível de conseguir-lo. Com os recursos da internet, hoje, graças a Deus, pudemos nos enteirar ao entrar em sites europeus que nos proporcionavam o andamento e resultados dessa importante competição. Quanto ao campeonato em si, pelo desenvolvimento dos jogos percebeu-se a nítida superioridade espanhola, em uma modalidade onde os senhores da FIFA impedem qualquer iniciativa da maioria dos países europeus em organizar seus campeonatos de menores. Apenas aquele como a Espanha, que tem uma liga não subordinada aos digníssimos cartolinhas futeboleros, consegue realizar sus competições de base.
Acompanhei a competição por dois sites europeus. um deles ironizava a seleção do Azerbaidjan pelo fato dos jogadores no tempos técnicos utilizarem a língua " brasileira", ou seja, todos nacionalizados. O outro evidenciava a superioridade da seleção Espanhola. Contudo, houve um detalhe que aos poucos, fica mais e mais evidente. A referencia que se fez nesses sites quanto ao descaso do Sr. Platini na final entre as Seleções portuguesa e espanhola, final ibérica. Sua postura, alheia ao jogo, esparramado na cadeira onde ate cochilar cochilou (espero pelo menos que não tenha roncado ), mostra claramente o desinteresse que esse senhor tem pelo futebol de salão. Desinteresse esse ainda mais evidenciado quando ha pouco tempo atrás, fez eliminar do calendário europeu o campeonato entre seleções nacionais de sub 20 anos de futsal. E importante saber que referido mister, pleiteia um dia, com boas possibilidades, ser o presidente da FIFA que vai gerir o futebol de campo e o futebol de cinco (futsal) também. Seu adversário político será o nosso Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, senhor Ricardo Teixeira. Agora vou me atrever a demonstrar minha indignação cada vez mais crescente aos nossos dirigentes do futsal. Não os da vergonha beijar a mao dessa gente do futebol onze que não nos quer, que não nos aceita, que os ridiculariza nas reuniões e eventos de uma modalidade desprezada??? Lamentável tudo isso, extremamente lamentável......tudo isso e revoltante....muito mas muito muito triste.
Obrigado
FONTE: Artigo retirado do Blog do Zego

SELEÇÃO BRASILEIRA SUB 20

Da linha para o gol e para a Seleção sub-20

DUDU

Até os nove anos de idade, Eduardo da S. Ferreira Lima só pensava em fazer gols. Afinal, era para isso que ele atuava como pivô no colégio ond estudava, em Joinville (SC). Mas, em um dia não havia goleiros suficientes para iniciar uma partida e, por sugestão do técnico, o menino resolveu, em vez de marcar gols, evitá-los.
Naquele dia, Eduardo foi bem na nova função e, hoje, oito anos depois, virou Dudu, goleiro da Krona/Joinville/Dalponte e, pela primeira vez na carreira, convocado para a Seleção Brasileira sub-20. Ele e mais 14 atletas com até 20 anos estão em Fortaleza (CE) para um período de treinamentos, que visa a disputa do Sul-Americano da categoria.
No segundo dia de treinamentos com o grupo, Dudu contou que o clima entre os atletas é amigável, já que eles se conhecem como companheiros de clube ou adversários. Com a comissão técnica, especialmente com o técnico Vander Iacovino, o entrosamento é de longa data. “O Vander era o treinador do Joinville quando eu tinha 15 anos. Naquela época, foi ele que me deu a primeira oportunidade de treinar com o grupo principal”, relembra.
Neste sábado (20/02), os atletas fizeram um treino com saída de bola e marcação e, no fim, foi disputado um mini-coletivo. Feliz coma oportunidade e ciente de que inicia uma nova fase na carreira, Dudu classificou os treinos como proveitosos e espera mostrar nas atividades que pode se firmar na Seleção. “Quero mostrar que tenho qualidade para ficar no grupo. Vou treinar bastante para ser titular e realizar meu sonho de vestir a amarelinha”, contou.
FONTE: http://www.cbfs.com.br/

sábado, 20 de fevereiro de 2010

NOTÍCIAS

Elenco do São Paulo/Bebedouro/Construban é apresentado
A cidade de Bebedouro (a 381 km de São Paulo) foi o palco da apresentação oficial do elenco do São Paulo/Bebedouro/Construban nesta sexta-feira (19/02). A cerimônia de apresentação ocorreu no Centro de Convenções Leopoldo Pinto Uchoa, o Tancredão.
A equipe do São Paulo/Bebedouro/Construban começa a temporada com os goleiros Paulo Victor (ex-Garça), Vinícius (ex-Francisco Beltrão) e Felipe; com os fixos Fabinho (ex-Garça), Renan e Sorocaba; os alas Fineo, Melo (ex-Barueri), Fudil (ex-Francisco Beltrão), PC (ex-Intelli) e Tales (ex-Santa Fé); os pivôs Vitor, André (ex-Santa Fé), Felipinho (ex-Corinthians) e Gabriel. O treinador será Fabinho Gomes.
Após a cerimônia, atletas e comissão técnica posaram para fotos e deram entrevistas à imprensa. Logo em seguida, subiram em um trio elétrico e desfilaram pelas principais ruas da cidade. À tarde, participaram de um trabalho de readaptação com o preparador físico Firma. O treinamento com bola deve começar na próxima segunda-feira (22/06).

FONTE: http://www.cbfs.com.br/

Notícias

Caros blogueiros.
No início da proxima semana poderemos ter uma notícia que vai sacudir o mundo do Futsal.
Aguardem
Bom fim de semana a todos.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Artigo

A Conduta dos Pais no Ambiente Esportivo

Autor: Dr. Rogério da Cunha Voser – CREF 003584-G/RS - ESEF/UFRGS
Para Hellstedt, (1987) o fator importante para a qualidade da participação da criança nos programas esportivos, é a conduta dos pais. Podemos dizer que a presença do pai no ambiente esportivo do seu filho tem um papel extremamente importante. Ames e Archer (1988) acreditam que uma das funções dos pais é a orientação dos objetivos, sendo este um suporte de apoio e de compreensão ao longo deste processo. Contudo sabe-se que a realidade é diferente e a pressão é tão grande dos pais que muitas crianças acabam por abandonar precocemente o esporte. Segundo Smith e Smoll (1988) as atitudes e condutas dos pais em relação à participação de seus filhos nas competições são as seguintes:

A) PAIS TREINADORES: Trata-se daquele pai que fica junto ao banco de reserva ou na volta da quadra, passando orientações aos atletas, sem estas estarem de acordo com a orientação do próprio treinador. Estas atitudes provocam uma confusão no comportamento da criança pois ela não sabe qual a orientação que ela deve seguir se é aquelas que foram passadas nos treinos pelo seu treinador ou se as que seu pai pede na hora da competição.

B) PAIS SUPER PROTETORES: São aqueles que se preocupam em demasias com os filhos, geralmente acontece com as mães dos alunos, pois em certas situações acham o esporte perigoso.

C) PAIS SUPER-CRÍTICOS: É o tipo de pais que nunca estão satisfeitos com o rendimento de seus filhos, estão sempre criticando e censurando, dão à impressão que é mais “o seu jogo”, “a sua prova” ou “o seu treino” do que a atividade do seu filho.

D) PAIS NERVOSOS QUE GRITAM: São aqueles pais que dão um espetáculo fora da quadra, pois estão sempre gritando e reclamando de tudo e de todos, inclusive do treinador.

E) PAIS DESINTERESSADOS: Estes pais tem a característica a sua ausência permanente das atividades esportiva dos seus filhos, talvez usam as escolinhas como um local para deixar seus filhos, e vão cumprir suas obrigações sociais.

Você é um destes tipos de pais? Pense! Converse com seu filho! Ele precisa de apoio e de reforço positivo.

Código de conduta dos pais no esporte

1. Permaneça na área dos espectadores durante os jogos.
2. Não aconselhe o técnico sobre como atuar.
3. Não faça comentários depreciativos para técnicos, árbitros ou pais de atletas de ambos os times.
4. Não tente treinar seu filho durante a competição.
5. Não beba álcool nas competições nem chegue a uma competição após ter bebido muito.
6. Torça para o time de seu filho.
7. Mostre interesse, entusiasmo e apoio para seu filho.
8. Controle suas emoções.
9. Ajude quando solicitado por técnicos ou árbitros.
10. Agradeça a técnicos, árbitros e as outras pessoas que dirigem o evento.

FONTE: American Sport Education Program (1994).

Futsal Espanhol

Duda - Técnico do ElPozo Murcia da Espanha

Duda: "Diante do Gestesa Guadalajara sempre o enfrentamos com preocupação"

ElPozo Murcia visita, depois de alcançar seu segundo titulo do ano, a XX Copa da Espanha, o Gestesa Guadalajara, uma equipe que, segundo Duda, destaca-se por realizar uma defesa de jogo diferente das demais equipes.

Futsal do Brasil convocado para os Jogos Sul-Americanos


O futsal do Brasil estará representado mais uma vez na disputa dos Jogos Sul-Americanos. A nona edição da competição continental terá a disputa de 42 modalidades esportivas, em Medellín, na Colômbia, entre os dias 19 e 30 de março. Será a terceira vez que o futsal fará parte do programa dos jogos. O Brasil tentará manter sua hegemonia na competição, já que ficou no lugar mais alto do pódio nas duas vezes anteriores: em 2002, no Brasil, e em 2006, na Argentina.
O técnico brasileiro Marcos Sorato divulgou nesta sexta-feira (12/2) a lista dos doze convocados para a disputa dos Jogos Sul-Americanos. O elenco contará com uma base forte, a mesma que conquistou o hexacampeonato mundial, em 2008, no Brasil. São oito jogadores que participaram da campanha vitoriosa na Copa do Mundo da Fifa: os goleiros Franklin e Tiago, os alas Vinícius, Gabriel, Ari e Falcão, além do pivô Lenísio e do fixo Carlinhos.
Os outros quatro atletas também têm experiência na equipe verde-amarela: o fixo André, os alas Rafael e Cabreúva; e o pivô Frede estiveram em várias convocações nos últimos anos e terão a oportunidade de ajudar o Brasil na primeira competição oficial da temporada 2010. “Temos um elenco muito experiente e nossa expectativa é de conquistar mais uma vez a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos”, destacou o supervisor Reinaldo Simões.
A apresentação do elenco brasileiro está prevista para ocorrer no dia 10 de março, em Fortaleza (CE). O time deve trabalhar no Centro de Treinamentos Aécio de Borba Vasconcelos até o dia 18 de março, quando seguirá para a Colômbia. “No CT temos todas as condições para nos prepararmos de forma adequada para a competição”, complementou Simões.
O torneio de futsal nos Jogos Sul-Americanos está previsto para ocorrer entre os dias 20 e 26 de março, na cidade de Bello, uma das sub-sedes do evento. Os jogos serão realizados no Coliseo Deportivo Tulio Ospina.

Confira a lista de convocados – Jogos Sul-Americanos – Medellín 2010

Goleiros
Franklin (Krona/Joinville/DalPonte-SC)
Tiago (Malwee/Cimed-SC)

Fixos
André (Krona/Joinville/DalPonte-SC)
Carlinhos (Carlos Barbosa-RS)

Alas
Ari (Barcelona-ESP)
Cabreúva (São Caetano/Corinthians/Unip-SP)
Gabriel (Inter Movistar-ESP)
Falcão (Malwee/Cimed-SC)
Rafael (Lobelle Santiago-ESP)
Vinícius (El Pozo Múrcia-ESP)

Pivôs
Frede (Krona/Joinville/DalPonte-SC)
Lenísio (Malwee/Cimed-SC)

Comissão técnica
Diretor de seleções: Emir José da Silva
Supervisor: Reinaldo Simões
Técnico: Marcos Sorato
Auxiliar técnico: Vander Iacovino
Preparador físico: João Carlos Romano
Treinador de goleiros: Marcus Vinícius Biachi (Guaíba)
Médico: André Pedrinelli
Fisioterapeuta: Pedro Masiero
Massoterapeuta: Maurício Leandro
 
FONTE: http://www.cbfs.com.br/

Poker/PEC intensifica preparação para a Liga Futsal

CAPITÃO DO POKER/PEC "CUPIM" 

O grupo do Poker/PEC, depois de descansar durante o período de carnaval, já voltou aos treinamentos intensivos para a disputa da Liga Futsal, que está marcada para começar em abril. Tirando pelos primeiros resultados da equipe de preparação física, o torcedor petropolitano pode ter esperanças de uma grande campanha.
Mais uma vez, a preparação física do time está nas mãos de Bernardo Miloski, de 26 anos, em sua sexta temporada na equipe serrana. O profissional não está dando moleza ao grupo neste início de trabalho. Nos primeiros dez dias de treinos, foi feita uma planilha visando à resistência e força dos atletas.
Somente depois os jogadores começaram a ter exercícios de força exclusiva e velocidade, além dos primeiros trabalhos táticos com o técnico Faisal Saab. Até o início de Liga, a tendência é o aumento da carga de treinos.
“O grupo é bastante dedicado. Tanto os atletas que chegaram agora, os que já estavam e os que estão tentando recuperar o espaço. Isto é bom em termos de motivação para o grupo”, analisa Miloski.
Um dos atletas que mais se destacou durante o período de preparação física foi Cupim. O veterano jogador, que se aproxima dos 39 anos de idade, mostra a vitalidade de um garoto e se destaca em um grupo repleto de jovens. “O Cupim é um atleta diferenciado em termos físicos e motivacionais. No futsal, é difícil ver um atleta nesta faixa etária com este vigor. É um exemplo para todos”, finaliza o preparador físico

FONTE: http://www.pec.esp.br/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Relação Técnico x Atleta

A RELAÇÃO TÉCNICO-ATLETA
Silvia Teixeira de Pinho; Daniel Medeiros Alves; Luiz Antonio O. Ramos Filho
 
Resumo
Todo atleta interage com o técnico com intuito de melhorar seu desempenho e adquirir todo conhecimento possível, visando seu desenvolvimento na modalidade, e por outro lado o técnico tem um papel fundamental, sendo responsável pela atuação e pela organização da equipe. O objetivo deste estudo é verificar quais fatores interferem na relação do técnico com o atleta. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, realizada em livros de psicologia do esporte, artigos e estudos referentes ao mesmo. Foi possível constatar que as interações entre técnicos e atletas dependem principalmente das necessidades e personalidades dos envolvidos, influenciando no trabalho de ambos. A relação técnico-atleta é fundamental para o desenvolvimento de uma equipe, pois, o bom técnico tem que conhecer seu atleta e fazer orientações preciosas tanto no esporte como na vida pessoal, sabendo discernir a idade e a categoria que esta trabalhando.

Introdução
No esporte, são muitos os aspectos que contribuem para o desenvolvimento e formação de uma equipe. O atleta, que atua na modalidade, suas características, seus pensamentos, sua cultura, seus objetivos e sonhos, seu rendimento, e etc. Ao redor deste atleta, todo o suporte que lhe é oferecido, como o técnico, o preparador físico, o psicólogo, a família, a torcida, o patrocínio e etc. O técnico, que em muitas ocasiões
passa a ter importância igual ou maior que a de um atleta. O relacionamento entre técnicos e atletas é fundamental para que se consiga bons resultados no esporte. São muitos os exemplos de equipes que tinham uma boa harmonia no grupo, nas relações internas e que conseguiram chegar a resultados expressivos. Porém, também são muitos os casos de rivalidades e desentendimentos entre jogadores e técnicos, que acabaram prejudicando o desempenho nas competições.
É evidente que no esporte atual a boa e eficiente interação entre os atletas e seu treinador não é algo simples, porém, também não é impossível. Desta forma, a análise das maneiras como se procede o relacionamento entre o técnico e seus atletas é muito relevante para o meio esportivo. Este trabalho tem como objetivo, buscar na literatura moderna quais os fatores que interferem na relação do técnico com o atleta. Analisar o perfil dos vários tipos de treinadores. Verificar qual o comportamento ideal do treinador, dentro dos respectivos períodos de vida em que os seus atletas atravessam. Analisar de que maneira ocorre a boa e a má interação entre o técnico e o atleta.

A Psicologia do Esporte
De acordo com Becker Jr. (2000), a psicologia do esporte é uma disciplina científica e como área profissional, pode ajudar a compreender melhor o exercício e o esporte praticado pelo ser humano, avaliando, analisando e dirigindo estas atividades através de processos psicológicos. Assim, de um modo amplo, ela deve ser responsável pelo bem-estar do atleta, sejam com objetivos competitivos, recreativos, de manutenção ou reabilitação da saúde.

Aplicação
O conhecimento e a competência da Psicologia do Esporte podem ser aplicados a duas funções principais (Becker Jr, 2000):
a) Avaliação e diagnóstico: podem ser utilizados diversos instrumentos de avaliação, com os mais variados objetivos.
b) Intervenção: é composta pelos procedimentos de orientação, treinamento, aconselhamento ou terapia em cooperação com outros profissionais em atividade no setor.

Histórico
Segundo Becker Jr. (2000), o primeiro encontro científico internacional, realizado em Psicologia do Esporte, foi organizado pelo Barão de Coubertin e promovido pelo Comitê Olímpico Internacional em 1913, sob o título de Congresso Internacional de Psicologia e Fisiologia do Esporte. Porém há pouca informação sobre
este evento e seus conferencistas. Somente em 1965, em Roma, por iniciativa do psiquiatra italiano Ferruccio Antonelli, foi realizado o I Congresso Mundial de Psicologia do Esporte, sendo um marco para o desenvolvimento desta nova disciplina.
O autor também cita que no início desta nova área de atuação, gerou interesse, curiosidade e também resistência. O maior desenvolvimento ocorreu na Europa e América do Norte, para posteriormente, o resto do mundo, incluindo o Brasil. Vale destacar que em 1981, foi realizado em Porto Alegre (RS) o I Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte.

O Técnico
O técnico tem uma grande importância no desporto atual. De acordo com Franco (2000), nos esportes individuais, ele geralmente passa a ter uma influência direta na atuação e forma de pensar do atleta. Já nos esportes coletivos, sua importância talvez seja ainda maior em relação aos resultados, pois é ele quem escala
a equipe, porém, como é maior o número de atletas, sua influência sobre a forma de pensar dos jogadores não é tão grande. A profissão de técnico é das mais difíceis, pois este é um ambiente onde as vitórias e as derrotas estão constantemente se alternando, ou seja, se uma equipe vence hoje, o técnico adversário será questionado. No dia seguinte, se a equipe perde, ele será questionado. Becker Jr. (2000) destaca a instabilidade da profissão. De acordo com o autor, se um técnico tiver 10 anos de sucessos, e iniciar a nova temporada com resultados ruins, poderá ser considerado um fracassado. Além da dificuldade de permanência num cargo, existe geralmente uma distância muito grande da família e dos amigos, pois com a freqüente troca de técnicos, é difícil que ele permaneça onde quer.
De acordo com Machado (1997), a experiência e uma visão especializada sobre o esporte são fundamentais para o técnico. Em suma, ter idade suficiente para  ensinar os atletas, mas com pensamentos modernos e eficientes.

Qualidades do Técnico
Conhecimento
Ter um profundo conhecimento da modalidade é de fundamental importância na função do técnico. Deve-se levar em conta aspectos técnicos, táticos, físicos e psicológicos, além da experiência e vivência do próprio esporte. Estar atento às últimas mudanças e evolução do esporte, além da racionalização sobre os seus atletas, isto é, não adianta copiar dos outros técnicos tudo, pois cada um possui um grupo de atletas diferentes. Assim como muitos técnicos dizem, "não há uma receita de bolo que fará sua equipe vencedora!".
Hendry (apud Machado, 1997) aponta em suas pesquisas, segundo depoimentos de técnicos e atletas, que o técnico ideal seria aquele indivíduo estável, sociável, criativo, inteligente, que assumiria riscos calculados, confiante e seguro. E que poderia tranqüilamente manter o controle em situações tensas e adversas especificamente do esporte.
De acordo com Becker Jr. (2000), muitos atletas quando param de atuar, se tornam técnicos, porém isto não garante o mesmo como um bom treinador. Quando ele era atleta, cumpria suas funções, porém nunca teve noção das totalidades das peças, o que demonstra a complexidade da função do técnico.

Comunicação
A comunicação do técnico com o atleta é muito importante, pois se ambos pensarem de forma parecida, o atleta conseguirá cumprir as funções designadas pelo técnico numa partida. Vale destacar que em esportes coletivos, se alguns jogadores pensarem de formas muito diferentes na quadra, é muito provável que várias jogadas serão erradas, o que dificultará na conclusão das jogadas e conseqüentemente na vitória da equipe.De acordo com Becker Jr. (2000), existem várias distorções, interferências e comunicação pobre que tornam problemática a comunicação entre técnicos e atletas. Hernandes Jr. (2000) diz que ao realizar críticas e sugestões, o técnico deve fazê-lo de tal forma que mostre compreensão da situação, pois sempre que criticamos temos uma postura defensiva do criticado, que por vezes, se torna agressivo.
Verbal: é a linguagem mais conhecida e praticada pelos técnicos em geral. Por si só, ela não transmite muita informação, geralmente está acompanhada de expressões faciais ou corporais, além da freqüente alternância de voz. Este complemento da comunicação verbal será definido a seguir.
Não-verbal: pouco conhecida, quase nenhum técnico utiliza esta comunicação com propriedade. Esta é uma extrema potência para comunicação, que apesar de não transmitir uma informação exata sobre o jogo, mostra o estado psicológico de quem o faz. Pode ser:
a) Para-linguagem: é como se fala e não seu conteúdo. Tem quatro componentes, são eles: tom da voz (baixo, médio ou alto); ritmo (velocidade); timbre (agudo, médio ou grave); alternâncias da fala (pausas, silêncios).
Segundo Orlick (apud Becker Jr., 2000), existe uma tendência dos treinadores de ativar constantemente os atletas antes e durante a competição. Becker Jr. (2000) diz que o grito faz com que o atleta inconscientemente, se proteja, contraindo-se e rejeitando o conteúdo desta mensagem. Weinberg e Gould (apud Becker Jr., 2000) referem que quando ficamos com raiva, tendemos a fazer afirmações cruéis e
irracionais, sem pensar em suas conseqüências. Sugere-se em cursos para técnicos, que após as derrotas, nenhuma análise deverá ser feita nas horas seguintes, para que a carga emocional não influencie negativamente.Outro fator que pode prejudicar a comunicação é a verbalização contraditória. Isto ocorre quando a informação não é objetiva, deixando o atleta com dúvidas sobre o comunicado. A análise das orientações apresentadas pelos técnicos durante as competições mostra que este fato não é raro (Becker Jr., 2000).
b) Linguagem corporal: é uma comunicação muito potente, em geral, percebida inconscientemente pelas pessoas. Expressões faciais, como sorriso, abertura dos olhos e olhares, contração das sobrancelhas, são exemplos de mensagens que permanecem no inconsciente dos atletas. Os movimentos dos braços, como por exemplo, mantê-los cruzados, abertos, ou na cintura, e do tronco, se está curvado à frente ou para trás, sendo que cada uma destas expressões transmite uma mensagem que será captada pelo atleta. O importante na comunicação do técnico é que seu conteúdo verbal esteja de acordo com a linguagem corporal.
c) Proxêmica: é um estudo sobre as distâncias que o ser humano utiliza para comunicar-se. Varia de acordo com a cultura e a intimidade entre as pessoas. Segundo Hall (apud Becker Jr., 2000), existem algumas distâncias básicas entre os seres humanos que se comunicam:
· Zona pública (20 metros): aulas, conferências, discursos, etc.
· Zona social (4 a 12 metros): encontros formais, reuniões, etc.
· Zona pessoal (1 a 4 metros): entre amigos e conhecidos.
· Zona íntima (0 a 20 centímetros): afetivos e amigos íntimos.
De acordo com Becker Jr. (2000), os técnicos que trabalham em esportes individuais devem usar mais a zona íntima, que causam maior impacto na comunicação. Os de esportes coletivos devem usar a zona pessoal. Porém o autor destaca que uma aproximação corporal do técnico com os titulares de uma equipe e
afastamento dos reservas, poderá gerar conflitos dentro do grupo pelo favoritismo mostrado. O toque físico é uma outra forma de comunicação, que geralmente demonstra uma identificação entre as pessoas. Segundo Becker Jr. (2000), está é uma mensagem de apoio do técnico em seus atletas, que em momentos difíceis, estarão unidos, gerando conforto aos mesmos.
Escuta ativa: De acordo com Rosenfeld & Wilder (apud Becker Jr., 2000), ouvir e escutar são ações diferentes. A primeira consiste somente em receber os sons, enquanto a segunda é um processo ativo. Os bons técnicos escutam o conteúdo trazido pelos atletas, fazem perguntas (interesse) ampliando a comunicação entre ambos. Um desportista que tenta falar com seu técnico e nota que ele não o escuta
intencionalmente, reage com frustração, decepção e raiva. Existe aí a possibilidade de um conflito entre o atleta e o técnico.

Disciplina
Becker Jr. (2000) diz que a disciplina está relacionada com a comunicação do técnico e com a interpretação de valores por parte dos jogadores. Segundo o autor, é importante o modo como o técnico reforça ou pune os atletas de acordo com suascondutas frente à regra geral que todo grupo esportivo deve respeitar, sem nenhuma exceção. O bom técnico é aquele que especifica o comportamento que deseja dos atletas.O autor também coloca que para uma punição ter sucesso, ela deve obedecer a três princípios básicos:
a) Moderada: ela deve ter um castigo que o atleta deva pagar com alguma dificuldade. Pode ser educativa, fazendo com que ele cumpra algumas tarefas a mais que os outros, além de outras formas que dêem o exemplo. Quando a punição é em dinheiro, deverá ser aplicada por um dirigente da equipe, evitando assim, conflitos com o técnico. O autor acredita que este dinheiro deve ser revertido para os próprios jogadores, ao final da temporada. A função do técnico não é fiscalizar os atletas fora do clube, mas de treinar a equipe. Quando ele quer assumir as duas funções, geralmente deixa a desejar como técnico, sua principal função.
b) Imediata: é a punição imediatamente após a conduta inadequada, que deixa claro seu objetivo. A demora na aplicação da pena pode gerar uma sensação de insegurança ao infrator e a todo grupo.
c) Consistente: é a mensagem entendida por todos do grupo: não há ninguém acima da lei e todos os infratores serão punidos.

Estilos de Liderança
É objetivo de vários estudos, pois mostra influência direta sobre o atleta. Os aspectos mais avaliados são satisfação e o rendimento. Uma das escalas que avalia estes aspectos é a Leadership Scale for Sports – LSS criada por Chelladurai & Salch (apud Becker Jr., 2000). A primeira parte do instrumento avalia a percepção do atleta sobre a conduta do treinador, a segunda a preferência dos atletas por condutas dos treinadores e a terceira a percepção dos treinadores sobre suas condutas. A escala LSS apresenta quatro formas de liderança, que são descritas a seguir:

Conduta orientada para o relacionamento
É caracterizada pela relação inter-pessoal cordial entre os membros da equipe, bem-estar de cada atleta, numa atmosfera positivista. É chamado também de modelo humanista de ensino, que se preocupa com a pessoa que pratica o esporte e seu desenvolvimento. Nos grupos cujos treinadores praticam este modelo, há mais alegria, conforto e menos pressões sociais. Porém, há um questionamento quanto a sua eficácia no esporte atual, visto que as exigências são cada vez maiores. Hernandes Jr. (2000) diz que com este tipo de postura, a posição do técnico pode tornar-se fragilizada, visto que o mesmo não tem autoridade e domínio sobre os atletas, ficando muitas vezes a mercê da manipulação dos mesmos.

Conduta orientada para a tarefa
Objetiva aperfeiçoar o rendimento do atleta, desenvolvendo suas habilidades físicas, técnicas, táticas e psicológicas. Este modelo preocupa-se com a eficácia do treinamento, do ensino e aprendizagem, visando o cumprimento da tarefa. Nestes grupos, há mais pressões para o rendimento, cumprimento das tarefas, mais ansiedade e menos alegria. De acordo com Becker Jr. (2000), este é o comportamento mais comum no esporte atual, em que aliada à conduta para o cumprimento da tarefa, há um reforço positivo e orientações dos técnicos.

Conduta democrática
Conduta que permite uma grande participação dos atletas nas decisões ligadas às metas do grupo, métodos de treinamento, tática de jogo, estratégias de competição e etc. Cratty (apud Becker Jr. 2000) coloca que as vantagens desta conduta, é o maior acesso dos atletas ao técnico, a criação de independência e iniciativa do atleta em momentos de tensão, além de permitir que o atleta atue com mais flexibilidade em relação às táticas do que no modo autoritário. Segundo Hernandes Jr. (2000), esta é a postura que apresenta melhores resultados, pois o técnico é aberto a sugestões e discussões, porém somente acata aquilo que está de acordo. É compreensivo com atletas que mereçam, por serem esforçados e rígidos com aqueles que buscam desviar o curso dos treinamentos.

Conduta autocrática
O técnico se coloca acima de tudo, não respeitando nem dando atenção a opiniões de outros da comissão técnica e de jogadores. Segundo Hernandes Jr. (2000), o técnico fundamenta sua autoridade em sua posição e não, em seus conhecimentos, tornando assim temido, ao invés de respeitado, tendendo a tratar os atletas de forma paternalista, estando pouco receptivo a críticas e sugestões. Faz a função de um líder em situações de tensão ou conflito. Geralmente é exigente em demasia, elogiando raramente seus atletas e criticando-os a cada oportunidade que tenha. Pode auxiliar os atletas inseguros, que ao lado do técnico se sentem mais protegidos. A agressividade do atleta não será dirigida contra o técnico, mas contra os adversários ou o ambiente.

Weinberg & Gould (1995) dizem que slogans como "jogue duro ou sai", "não existe vitória sem dor", "você deve se doar em 110%" são muito utilizados como fatores motivacionais por técnicos que exigem o máximo de seus atletas. Porém, isto pode virar uma grande pressão sobre o atleta que sem desconfiar ou mesmo questionar o técnico, passa a treinar e jogar em condições de risco e propensas a lesões. Os atletas não conseguem mais distinguir entre o desconforto natural e excesso de treinos e jogos onde é exigido o esforço máximo, geralmente acompanhado de lesões. Muitos técnicos são coniventes com esses abusos, que consideram a vitória mais importante que o bem estar do atleta. Isto pode explicar porque atletas jovens "largam" o esporte antes mesmo de chegar no auge, pois o sacrifício não vale a recompensa da vitória.

O Técnico e a Equipe
Muitas vezes, se fala que a equipe tem a "cara do técnico". Isto quer dizer que, na maioria das ocasiões, a equipe incorpora para si a personalidade e as atitudes de seu técnico. De acordo com Laudier (1998), é de fundamental importância os exemplos e condutas que o técnico passa a seus comandados, pois se transmitir nervosismo e ansiedade exagerados, sua equipe assimilará tal comportamento. Porém, se for uma pessoa determinada a vencer, o tipo de profissional que não desiste diante das barreiras a serem transpostas, nem ao se deparar com situações adversas, assim sua equipe será. Em equipes psicologicamente instáveis, o técnico deve realçar sempre os pontos fortes e positivos que a equipe possua. Deve estar atento para inibir, e se possível eliminar as fraquezas, principalmente o pensamento negativo, além dos famosos chavões "não vamos conseguir", ou "a equipe deles é mais forte", o que normalmente acompanham estas equipes instáveis.

Escolinhas e categorias menores
Segundo Laudier (1998), esta é a fase em que a criança ainda está aprendendo os primeiros movimentos do esporte. Não sabe o que é rendimento e busca sempre a diversão, o passa-tempo. O técnico que trabalha com esta faixa etária deve ser formador e ao mesmo tempo educador. Em muitas vezes, é o primeiro contato da criança com uma pessoa externa (técnico) e com novos colegas, em que seus pais não estão próximos o tempo todo, o que pode deixar o aluno inibido e inseguro. Educadores destacam que nesta fase a criança gosta de brincar, de sonhar com ídolos, e de acordo com seu desenvolvimento psico-sócio-motor, os momentos de atenção são reduzidos, por isto, instruções demoradas e abstratas não geram interesse nos alunos. Becker Jr. (2000) destaca que nesta fase o treinador deve ser um motivador, dando atenção total aos alunos, visando sempre o esforço na aprendizagem e não o resultado final.

Categorias intermediárias (adolescentes)
Segundo Becker Jr. (2000), nesta fase o técnico deve adotar um estilo de trabalho voltado para o cumprimento de aspectos técnicos, sendo um orientador e disciplinador sistemático do mesmo. Deve ser exigente na busca de suas metas, ampliando o nível de esforço do atleta, sem descuidar o respeito pelo mesmo. De acordo com Laudier (1998), este é o momento ideal para a detecção e correção de possíveis vícios e atitudes incorretas, que futuramente poderão intervir de forma negativa na perfeita execução dos movimentos e fundamentos que a modalidade requer.
Esta é a fase que as individualidades, características e opiniões estão em franco desenvolvimento, o que exige uma grande compreensão do técnico, que pode ser visto como um amigo, ou uma pessoa chata, inconveniente.

Categoria principal (adultos)
Segundo Laudier (1998), esta é a categoria em que os atletas estão plenamente aptos e adaptam-se sobremaneira ao trabalho mais organizado, no qual estejam claras as funções os deveres e os direitos de todos os que fazem parte da equipe. Estes atletas, na quase totalidade já devidamente formados, quer física, técnica, tática e principalmente, moral e psicologicamente, exigem que todos no grupo sejam tratados com igualdade e sem distinções, não admitem apadrinhamento de espécie alguma, o que em muitas ocasiões, ocorre em equipes de categorias menores.
O perfil de técnico esperado para esta categoria é aquele extremamente estrategista, preocupado com os mínimos detalhes tanto nos treinamentos como nos jogos, que sabe distribuir funções e responsabilidades a todos, além de passar informações valiosas e eficazes. Vale ressaltar que nesta categoria, o envolvimento de pessoas exteriores a equipe, como familiares, empresários, patrocinadores e imprensa são muito grande, o
que pode causar conflitos entre o técnico e os jogadores, ou até mesmo entre os próprios jogadores. Nesta etapa, são todos profissionais, o que significa que dependem do esporte para sobreviver, devendo ser o trabalho conduzido com a maior seriedade e ética possível.

Seleções
De acordo com Laudier (1998), o técnico tem que estar sempre atento à formação de pequenos grupos, normalmente por atletas da mesma equipe, sobretudo na fase inicial dos treinamentos, quando a maioria ainda não se conhece muito bem. No caso, a estratégia é fazer com que todos os atletas se conheçam rapidamente, criando uma amizade e um diálogo em todo o grupo, o que provavelmente evitará mal-entendidos ou possíveis "boicotes" ao trabalho que está sendo executado. O técnico também deverá aconselhar para que, de fato, as camisas dos clubes sejam literalmente deixadas para trás, criando assim um espírito de união e representatividade da bandeira do país, estipulando os mesmos objetivos para todos. Novamente vale o destaque para o tratamento semelhante entre todos da equipe, lembrando ainda que, em uma seleção, geralmente se encontra as "estrelas" do esporte nacional, jogadores que, em muitas vezes são tratados de maneira diferenciada em seus clubes, o que é um erro notório.

Interação Técnico e Atleta
Segundo pesquisas de Machado (1997), sobre a interação entre técnicos e atletas, verificou-se que a compatibilidade entre estas pessoas está ligada as suas necessidades, sendo complementares entre si. Isto mostra que a interação perfeita entre técnico e atleta acontece quando há uma troca entre as partes, favorecendo para que o atleta não seja visto como um objeto à bem da conquista de um objetivo maior e o técnico não seja visto como um indivíduo autoritário e que está sempre com a razão.
Porém, pode haver técnicos e atletas com níveis de interação médio, onde um preenche parcialmente as necessidades do outro. Neste caso, um tolera o outro em favor do objetivo comum ou não, mas importante para eles, buscando manter o relacionamento aceitável, sem atritos. Contrariamente, podem existir técnicos que não consigam interagir com outros atletas. A incompatibilidade na relação é originada por motivos internos e externos. Podemos ter um atleta que necessite de uma alta carga de autoritarismo e disciplina para poder estar bem e crescendo progressivamente na modalidade, mas não consegue sucesso, pois se relaciona com um técnico flexível e democrático, que não exige tanto quanto ele necessita para apresentar o resultado. Ou ainda, um atleta que necessita constantemente de um afeto e tem um técnico que não demonstra preocupação com esta situação.
Assim, as interações entre técnicos e atletas vão depender principalmente das necessidades e personalidade dos envolvidos, o que pode influenciar no trabalho de ambos, tanto negativa com positivamente, quando não existir correspondência com as necessidades requeridas ou sobrarem estímulos inadequados.
Cratty (apud Machado, 1997), descreve alguns fatores para que os técnicos devam estar atentos, na tentativa de melhorarem a interação com os atletas: conhecer a personalidade do atleta com quem vai trabalhar; selecioná-los, se possível com personalidade semelhante a do técnico; ter comportamento flexível, e outras questões que facilitam o inter-relacionamento.
Além destes valores emocionais, podemos citar fatores econômicos, por exemplo, estão constantemente ligados as vidas de técnicos e atletas. As pressões que estes sofrem por parte de patrocinadores, clubes, dirigentes, torcida, imprensa e outros, com o intuito de apresentarem sempre uma performance impecável, atingem diretamente o atleta e o técnico. Conseqüentemente, o relacionamento entre um atleta e um técnico pode estar centrado ou sustentado por estes fatores.

Considerações Finais
Este estudo demonstrou a importante relação entre o atleta e o técnico. Entre os muitos fatores que interferem nesta relação, estão à qualidade dos conhecimentos, disciplina, a comunicação, a liderança e os objetivos do técnico. Por parte dos atletas, o desenvolvimento psico-sócio-motor, os objetivos, além da identificação com o estilo e forma de pensar do técnico.
As maneiras que um treinador deve lidar com seus atletas levando-se em conta a idade, grau de instrução e o perfil social do atleta, fazem do treinador muito mais que um simples professor de uma modalidade, mas também uma referência para várias situações que podem ocorrer no meio esportivo, ou mesmo na vida. O bom técnico deve ter conhecimentos sobre a técnica de movimentos, a tática de jogo, a preparação física e psicológica, para quando transmitir informações aos atletas, que faça orientações adequadas e preciosas para as diversas situações que podem ocorrer no esporte e na vida. O técnico deve também, saber diferenciar muito bem a categoria e a idade dos alunos que ele está trabalhando.
É por tudo isso que este trabalho visou analisar todos os fatores que envolvem a vida do treinador e sua relação perante seus atletas, e buscar dentro destes fatores quais os comportamentos que técnicos e atletas têm dentro do cotidiano do esporte.
Propomos que novos estudos sejam realizados sobre este assunto, porém com maior destaque para a diferença entre desportos individuais e coletivos.

Referências Bibliográficas
BECKER Jr., B. Manual de psicologia do esporte e exercício. Porto Alegre: Novaprova, 2000.
FRANCO, G. S. Psicologia no esporte e na atividade física. São Paulo: Manole, 2000. 206 p.
HERNANDES Jr.; OLMOS, B. D. Treinamento Desportivo. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
LAUDIER, J. O técnico: procedimentos, atitudes e obrigações. Revista Sprint Magazine. Rio de Janeiro: Novembro / Dezembro, 1998. Páginas 34 a 48.
MACHADO, A. A. Psicologia do esporte: temas emergentes. Jundiaí: Ápice, 1997. 194 p.
SILVA, A. R. Psicologia del deporte y preparación del deportista. Buenos Aires: Editorial Kapelusz, 1975.
WEINBERG, R. S.; GOULD, D. Foundations of sport and exercise psychology. Estados Unidos da América: Editora Human Kinetics, 1995.

FONTE: XXIV Simpósio Nacional de Educação Física
              II Seminário de Extensão

El Pozo Murcia conquista a Copa da Espanha 2010

El Pozo Murcia conquista a Copa da Espanha sobre Lobelle na prorrogação (2-3)

O quadro murciano conquistou o segundo titulo de 2010 na prorrogação por 2 x 3, para o rival que também derrotou na final da Super Copa da Espanha, da mesma forma. Portanto o conjunto treinado por Duda se destaca por mais um triunfo, confirmando um começo de ano maravilhoso. A competição foi realizada em Santiago de Compostela, entre os dias 11 a 14 de fevereiro.
Além da Copa da Espanha, foi realizado em 3 dias consecutivos um congresso internacional de treinadores de futsal, onde teve a presença de treinadores de 19 países diferentes.


O Palco
A grande final da Copa Da Espanha contou com a presença do presidente da RFEF, Angel Maria Villar, o presidente da Liga Nacional de Fútbol Sala, Javier Lozano, o presidente do Comitê Nacional de Futbol Sala da RFEF, Antonio Escribano, o conselheiro de Meio Ambiente, Território e Infraestrutura da Junta da Galícia, Agustín Hernández, e o prefeito de Santiago de Compostela, José Sánchez Bugallo, entre outras personalidades da política e do desporto.


Resumo das Partidas:
Semi Finais:
Xacobeo 2010 Lobelle Santiago 3 - 1 Inter Movistar
13 de Fevereiro de 2010 - 16:45 no Multiusos Fontes Do Sar
Árbitros: Blazquez Sierra e Rubio Fajardo

CINCO INICIAL
1 Carlos Barrón                                   Luis Amado 1
5 David                                                Neto 4
7 Pola                                                  Schumacher 8
10 Alemao                                           Gabriel 6
3 Leitao                                                Betao 12

SUPLENTES
2 Aicardo                                              Ortiz 11
4 Palmas                                                Torras 3
6 Rubi                                                    Juanra 5
14 Rafael                                                Borja 10
12 Eka                                                   Daniel 14
                                                              Marquinho 2

GOLS
1-0 2' Gol Leitao
2-0 35' Gol Eka
3-0 37' Gol Rafael
3-1 39' Gol Borja

OUTROS DADOS
Semi finais 13 de Fevereiro de 2010 - 16:45
Ginásio: Multiusos Fontes Do Sar
Espectadores: 5800
1° Árbitro: Blazquez Sierra (ESP)
2º Árbitro: Rubio Fajardo (ESP)

SEMI FINAL - FC Barcelona 1 - 7 ElPozo Murcia Turística


13 de Fevereiro de 2010 - 19:00 no Multiusos Fontes do Sar
 Árbitros: Gracia Marin e Gutierrez Lumbreras
CINCO INICIAL
1 Cristian                                                                   Juanjo 12
3 PC                                                                          Ciço 8
7 Javi Rodríguez                                                         Kike 13
11 Saad                                                                     Vinicius 9
6 Fernandão                                                               Wilde 11

SUPLENTES
4 Ari                                                                            Álvaro 4
5 Chico                                                                        Saúl 5
9 Carlos                                                                       Barroso 6
10 Igor                                                                         Mauricio 10
12 Jordi Sánchez                                                          Esquerdinha 7

GOLS
0-1 3' Gol Vinicius
0-2 10' Gol Saúl
1-2 16' Gol Fernandão
1-3 27' Gol Saúl
1-4 36' Gol Juanjo
1-5 37' Gol Barroso
1-6 37' Gol Wilde
1-7 40' Gol Esquerdinha

OUTROS DATOS
Semi finais 13 de Fevereiro del2010 - 19:00
Ginásio: Multiusos Fontes do Sar
Espectadores: 5200
1° Árbitro: Gracia Marin (ESP)
2º Árbitro: Gutierrez Lumbreras (ESP)

 FINAL -  COPA DA ESPANHA 2010


Xacobeo 2010 Lobelle Santiago 2 - 3 ElPozo Murcia Turística

14 de Fevereiro de 2010 - 16:45 no Multiusos Fontes Do Sar
 Árbitros: Gracia Marin e Gutierrez Lumbreras

CINCO INICIAL
1 Carlos Barrón                                                            Juanjo 12
5 David                                                                         Ciço 8
7 Pola                                                                            Kike 13
10 Alemao                                                                     Vinicius 9
3 Leitao                                                                         Wilde 11

SUPLENTES
2 Aicardo                                                                       Álvaro 4
6 Rubi                                                                            Saúl 5
14 Rafael                                                                        Barroso 6
12 Eka                                                                            Mauricio 10
                                                                                       Esquerdinha 7

GOLS
0-1 2' Gol Vinicius
1-1 22' Gol David
1-2 24' Gol Wilde
2-2 26' Gol Pola
2-3 41' Gol Mauricio

OUTROS DATOS
Final 14 de Fevereiro de 2010 - 16:45
Ginásio: Multiusos Fontes Do Sar
Espectadores: 6000
1° Árbitro: Gracia Marin (ESP)
2º Árbitro: Gutierrez Lumbreras (ESP)

ARTILHEIROS
Nome                                            Equipe                               Gols
Wilde                                             ElPozo Murcia Turística       4
Héctor                                            Marfil Santa Coloma            3
Saúl                                                ElPozo Murcia Turística       3
Vinicius                                           ElPozo Murcia Turística       3


WILDE - ARTILHEIRO