O tratamento das lesões em atletas, cada vez mais busca alternativas que possam diminuir o tempo de reabilitação. O atleta, é sempre vitima das lesões ligamentares, musculares e traumáticas e como se sabe na maioria das vezes essa cicatrização é lenta e faz com que permaneçam longos períodos afastados do esporte.
A medicina desportiva mundial, atualmente, está utilizando uma nova técnica denominada Plasma Rico em Plaqueta (PRP), que dispõe da retirada do sangue do próprio paciente e após isso, esse mesmo sangue passa por uma centrifuga, é reinjetado no local de lesão.
O Plasma Rico em Plaqueta (PRP) é uma técnica que é utilizada atualmente pelos grandes médicos do esporte para reparo tecidual de determinado tecido lesado. O objetivo de sua aplicação é de acelerar a regeneração de uma área lesionada — pode ser um tecido muscular rompido, tendões inflamados e até mesmo ossos fraturados.
Este método consiste na centrifugação do próprio sangue do paciente, o qual quadruplica sua quantidade de plaquetas, estas são separadas num concentrado plaquetário e injetado no paciente. As plaquetas são células do sangue que estimulam o crescimento de tecidos, a divisão de células e a proliferação de vasos, fenômenos que acontecem a todo momento no organismo.
O processo natural do corpo para chegar a este número de plaquetas demoraria pelo menos 3 semanas, isso faz com que pulemos esta fase inicial inflamatória e passemos direto para o estágio de regeneração tecidual.
É muito importante que a regeneração aconteça o mais rápido possível, pois verificamos que quanto mais rápida esta regeneração ocorre, menos tecido fibrótico (fibroses, aderências) teremos e mais tecido regenerado (reposição do tecido original).
A técnica é indicada para acelerar processos de cicatrização de rupturas musculares, rupturas parciais de tendões, tendinites crônicas de joelho, tendão de Aquiles, quadril, cotovelo e ombro e também para acelerar processos de cicatrização óssea em alguns tipos de fraturas que não se consolidam. Dentre os muitos relatos de médico e pacientes, existem os que apontam que com a aplicação da técnica de PRP a redução da cicatrização é reduzida em 50% do tempo.
As injeções, não devem ser livremente utilizadas, pois cada paciente possui uma resposta aos efeitos da técnica. Alguns estudos apontam que o Plasma Rico em Plaqueta (PRP) é bastante efetivo em lesões inflamatórias e reparativas (tendinites, rupturas ligamentares e musculares, por exemplo), mas em lesões degenerativas o resultado é insuficiente ( tendinose, ou seja, degeneração do tendão)
A fisioterapia tem um papel essencial nesta técnica, pois é necessário pelo fisioterapeuta o exato conhecimento cientifico por parte da reparação do tecido lesado, pois o retorno do atleta será abreviado, e o “protocolo” a seguir na fisioterapia tem que ser seguro e eficiente.
O Fisioterapeuta terá que saber, quando retroceder, uma vez implantado o Plasma Rico em Plaqueta (PRP), pois, caso contrário, em uma reabilitação mal executada, o resultado será insatisfatório. O Plasma Rico em Plaqueta (PRP) veio para o bem do atleta, porém deve ser bem utilizado na recuperação, uma vez que exige cautela e novo planejamento da reabilitação. A Fisioterapia tem que ser baseada em objetivos, e sendo assim mesmo encurtando o prazo de retorno do atleta, o tratamento deve ser cuidadosamente seguido, sempre buscando um melhor desempenho esportivo.
FONTE: Fisioterapia Passada a Limpo, Dr. Saulo Davi
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