quarta-feira, 15 de agosto de 2012

FUTSAL PELO MUNDO: FUTSAL INVADE PAÍSES ÁRABES NO RAMADÃ




O ramadã é um período de recolhimento e orações para os muçulmanos, assim como a oportunidade de se reunir com familiares e amigos em torno da refeição que encerra o jejum. Mas a paixão pela bola não é esquecida durante o mês sagrado, e o FIFA.com foi conferir a relação toda especial que eles mantêm com o futsal nessa época do ano.

Origens e desenvolvimento 

No início dos anos 2000, o futsal começou a ser praticado nas ruas ao final do jejum. Os jogos eram uma forma de diversão para a juventude nos bairros mais modestos, e as equipes eram formadas por quatro ou cinco jogadores. Mais tarde, o passatempo foi associado ao ramadã e ao período seguinte à ruptura da abstinência alimentar. A organização de competições entre os times das diversas localidades ao longo do mês se transformou em costume.

O interesse por esses torneios cresceu, e agora eles já não se limitam às ruas. O esporte é praticado no piso adequado e as partidas são transmitidas pela televisão em diversos países árabes, sobretudo nos Emirados Árabes Unidos, que organiza a maioria das competições. As transmissões televisivas atrairam inúmeros patrocinadores, desde operadoras de telefonia celular até fabricantes de refrigerantes, que não hesitam em investir milhões de dólares para verem o seu nome aparecer nesses eventos.

"Não é só uma competição esportiva, mas também um costume social", explica ao FIFA.com um morador de Dubai. "Pegamos o hábito de nos reunir com os amigos depois do jejum para ver os jogos, cuja maioria é emocionante."

O engenheiro Mohammed Mustapha sempre se envolve nessas competições. "Participo dos campeonatos de ramadã desde os 14 anos de idade", conta ele, hoje com 54. "No começo, jogávamos com os vizinhos pelas ruas da região. Hoje, disputo uma competição organizada pelo meu clube." Mustapha não se recorda de ter ficado de fora das partidas do ramadã uma vez sequer.

Interesse e participação popular 

Os minitorneios não são mais exclusividade de bairros populares e centros comunitários. A importância deles cresceu e, hoje em dia, eles são organizados por clubes profissionais, associações e instituições graças ao interesse dos patrocinadores, levando o nome de empresários ou personalidades. Em alguns países, até partidos políticos patrocinam equipes ou lhes emprestam o nome para angariarem popularidade.

Limitado ao mês do jejum, o fenômeno conseguiu atrair até mesmo ídolos do futebol profissional. É possível dizer que a maioria dos jogadores árabes participaram dessas competições de uma forma ou de outra, a ponto que elas se transformaram em uma verdadeira febre no final da década passada, e os clubes agora tomam medidas na tentativa de evitar que os seus astros se machuquem durante os confrontos com atletas amadores. Entre os nomes ilustres que costumam prestigiar a atividade estão Hazem Emam, ex-meia da Udinese, e os gêmeos egípcios Hossam e Ibrahim Hassan.

FONTE: FIFA.COM

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