Hoje o Sporting venceu o Benfica, nas grandes penalidades, naquele que foi terceiro jogo da final e está a uma vitória de conquistar o título nacional. Os leões revelaram-se muito perdulários no capítulo da finalização, mas ainda tiveram forças para anular uma desvantagem de dois golos e levar as decisões do encontro para prolongamento. Aí, o Benfica voltou a estar em vantagem, mas não a conseguiu segurar. Cristiano defendeu o penálti de Arnaldo e tornou-se no herói do jogo. A Formação comandada por André Lima está obrigada a vencer o jogo de amanhã para forçar a “negra”.
Tal como acontecera no primeiro jogo da final, o Sporting entrou em campo determinado em colocar-se em vantagem, tomando, desde logo, de assalto a baliza encarnada. Os leões criaram várias oportunidades para abrirem o marcador, mas depararam-se com um guardião em tarde de grande inspiração. Bebé (o melhor em campo) efectuou um punhado de excelentes intervenções, negando, com classe, os intentos leoninos. Alex foi a principal “vítima” da inspiração de Bebé, tendo visto o guardião contrário negar-lhe o golo por inúmeras ocasiões, em que o Brasileiro fez tudo como mandam as regras para chegar ao golo.
Ricardinho, sempre ele, foi o benfiquista que esteve mais perto do golo. Aos sete minutos surgiu isolado na cara de Cristiano mas atirou ao lado. Dez minutos volvido, o “mágico” dispôs de um livre de 10 metros, a castigar uma mão de Deo, mas permitiu a defesa de Cristiano, atirando na recarga ao poste. Antes do livre de Ricardinho, a dupla de arbitragem deixou passar em claro uma falta clamorosa de Gonçalo Alves, sobre Divanei, que permitiria aos leões disporem de um livre directo.
Depois de uma primeira parte sem golos, foram precisos apenas três minutos para o marcador funcionar. Joel Queirós, com uma quebra, tirou Djô do caminho e bateu Cristiano, dando a melhor sequência a um canto cobrado por Ricardinho. Um minuto depois, César Paulo recarregou um remate de Davi e fez o 2-0 para o Benfica.
Com dois golos de rajada o Benfica parecia ter o jogo controlado, perante um Sporting que parecia não ter soluções para penetrar na muralha chamada Bebé. No entanto, um tiro de meia distância de Caio Japa voltou a colocar os leões no jogo, fazendo com que o encontro passase a ser disputado de forma mais aberta, permitindo a que os artistas tivessem mais espaços para alvejar os alvos.
A confirmar esse cenário, Ricardinho dispôs de espaço para fazer o 1x1 na ala direita sobre Deo e, depois de ultrapassar o brasileiro, servir em bandeja de ouro Pedro Costa para este fazer o 3-1. Obrigado a correr riscos para alterar o rumo dos acontecimentos, Paulo Fernandes lançou Evandro para o lugar de Cristiano. A jogar com o guarda-redes avançado, o Sporting necessitou de muito pouco tempo para chegar ao golo, por intermédio de Cardinal, deixando tudo em aberto para os últimos seis minutos. A dois minutos do fim, e já depois de Caio Japa ter rematado à trave, Divanei, a passe de Cardinal, empatou o marcador, adiando todas as decisões para o prolongamento.
Aí assistiram-se a momentos de grande emoção, com o golo a rondar as duas balizas. Pedro Costa colocou o Benfica em vantagem, mas Cardinal, na marcação de um livre de dez metros (ficam dúvidas sobre a falta), adiou a discussão do jogo para os penáltis, porque Ricardinho salvou o Benfica da derrota com um corte em cima da linha (ver peça momento do jogo).
Nas grandes penalidades, os cinco elementos do Sporting converteram e Cristiano parou o remate de Arnaldo selando a vitória no jogo 3.
Este foi, até ao momento, o melhor jogo das finais. O resultado no final dos 50 minutos (4-4) é escaço, muito por culpa das grandes defesas de Bébé e Cristiano. É dificil falar em justiça no resultado, as duas equipas têm argumentos mais do que suficientes para reclamar para si uma vitória moral antes das grandes penalidades. No entanto e sem falar de justiça, é certamente seguro afirmar que a igualde foi o resultado menos penalizador para qualquer uma das equipas, é que perder seguramente nenhuma mereceu!!!
FONTE: FUTSAL PORTUGAL
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