segunda-feira, 21 de junho de 2010

CAMPEONATO PORTUGUÊS: Sporting é campeão

Hoje o Sporting sagrou-se, campeão nacional, terminando com um ciclo de três anos vitoriosos dos encarnados. Num jogo de emoções fortes, leões abateram a águia no prolongamento e conquistaram um título merecido. Benfica voltou a não conseguir aproveitar as vantagens no marcador e pagou caro por isso.

Num pavilhão em ebulição, em que Cardinal era o alvo da ira dos adeptos encarnados, Benfica e Sporting apresentaram-se muito compactos, procurando não correr muitos riscos, de forma a não serem surpreendidos. Divanei e Joel Queirós foram os primeiros a tentarem o golo, mas viram os seus intentos travados por Bebé e Cristiano, respectivamente.

Depois da ameaça, Joel Queirós aproveitou uma desatenção da defensiva leonina para inaugurar o marcador. Ricardinho marcou rápido um livre no ataque, servindo Joel Queirós que, totalmente liberto de marcação, limitou-se a encostar a bola para a baliza deserta – Cristiano encontrava-se a fazer a barreira.

Em desvantagem, o Sporting dispôs de duas oportunidades para empatar o marcador. Primeiro foi Alex a falhar o alvo e, depois, Cardinal, numa transição rápida, permitiu a defesa de Bebé. No seguimento deste último lance, Ricardinho abriu o livro. O “mágico” arrancou com a bola desde a sua meia quadra e, depois de dar um nó em João Matos, fuzilou Cristiano, avolumando a vantagem das águias para dois golos.

Contudo, a vantagem de dois golos das águias viria a ser desfeita instantes depois. Café interceptou um passe de Arnaldo e fuzilou Bebé, estabelecendo o 2-1 com que se chegou ao descanso. Antes do intervalo Arnaldo atirou ao poste da baliza defendida por Cristiano.

Obrigado a ter que inverter o rumo dos acontecimentos, o Sporting precisou de apenas um minuto para chegar ao empate. Alex aproveitou uma perda de bola de Davi, quando estava a ser pressionado por João Matos, e bateu Bebé. No entanto, os leões não conseguiram segurar a igualdade durante muito tempo. Davi redimiu-se do erro cometido e voltou a colocar o Benfica na frente do marcador ao aparecer nas costas de João Matos a emendar uma assistência de Arnaldo.
Sempre muito personalizado, o Sporting manteve-se fiel aos seus princípios de jogo e, aos 27 minutos, dispôs de uma grande oportunidade para estabelecer, novamente, o empate. Cardinal foi agarrado dentro da área por Gonçalo Alves, que cometeu a quinta falta e viu ser-lhe perdoada a expulsão, mas, da marca dos seis metros, permitiu a Bebé efectuar uma portentosa defesa. Na resposta, Gonçalo Alves, em brilhante jogada individual, atirou ao poste.

Ostentando o domínio do jogo, o Sporting procurou de todas as formas tentar alvejar a baliza de Bebé. Porém, o Benfica, em contra ataque, revelava-se sempre mais perigoso. Joel Queirós e Arnaldo estiveram muito perto do golo, mas a falta de pontaria e Cristiano mantiveram tudo na mesma. Ironia dos destinos, ou talvez não, o Sporting viria a chegar à igualdade num lance de contra ataque iniciado e concluído por Alex, a passe de Café.

Cenas lamentáveis
Quando todos se preparavam para o prolongamento, e já depois de Cristiano ter efectuado uma magnífica defesa a remate de Davi, assistiram-se a cenas lamentáveis no Pavilhão da Luz. António Cardoso mostrou cartão vermelho a Ricardinho – desconhecendo-se qual o motivo – decisão de despoletou actos que devem ser banidos nos pavilhões. Cristiano foi a principal vítima destes actos, tendo sido agredido, na face, com um objectivo atirado da bancada. Perante tal cenário, o jogo esteve parado por vários minutos. No final do encontro a polícia foi obrigada a intervir nas bancadas, assistindo-se a cenas de pancadaria. Sem palavras...

A jogar em inferioridade numérica, o Benfica aguentou apenas um minuto sem sofrer golo. Oportuno, Divanei aproveitou um ressalto, após remate de Alex, e colocou, pela primeira vez, o Sporting em vantagem.

Obrigado a ter que fazer algo para continuar a sonhar com o título, André Lima optou por colocar Zé Maria como guarda-redes volante. Contudo, o risco do técnico encarnado não surtiu efeitos práticos. Alex aproveitou o facto da baliza estar deserta para fazer o 5-3 e carimbar o título leonino.
FONTE: FUTSAL PORTUGAL

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