Interviú Madrid 2-3 Benfica (após prolongamento)
Davi marcou o golo da vitória "encarnada" no tempo extra ante o detentor do troféu e deu o primeiro título à sua equipa, perante 9400 espectadores.
O Benfica venceu pela primeira vez a Taça UEFA de Futsal ao derrotar o Interviú Madrid, detentor do troféu, por 3-2, após prolongamento, depois do empate a dois tentos verificado no final do período regulamentar. O encontro realizado no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, entrou na história do futsal europeu pois registou o recorde de espectadores presentes numa partida das fases finais, 9400, registo que bateu os 6500 de 2005.
Numa repetição da final de 2004, ganha pelo Interviú, o primeiro aviso veio dos espanhóis, quando Betão rematou cruzado ao poste, antes de Marquinho inaugurar a contenda. O espanhol nascido no Brasil ganhou o duelo a Arnaldo, embalou rápido para o ataque, tirou Pedro Costa do caminho e rematou por entre as pernas do guarda-redes e Bebé à saída deste.
Amado negou bons ensejos a Arnaldo e César Paulo, antes de Joel Queirós ter sido travado em falta muito perto do limite da área, descaído para o lado direito, quando estava em boa posição de marcar. No livre correspondente, Ricardinho deu um pequeno toque para o lado e o pontapé fulminante de Joel, o seu 12º tento na presente edição da prova, que o tornou líder dos goleadores, só parou no fundo das redes de Amado.
O Interviú testou depois por várias ocasiões a atenção do guarda-redes do Benfica, embora César Paulo também tenha estado perto do golo quando fez mais um movimento de rotação antes de rematar fortíssimo para excelente desvio de Amado. A defesa “encarnada” quase pagava cara a desatenção, mas Borja errou o alvo na sequência de um lançamento longo.
Aos dois minutos e meio da segunda parte, os adeptos “encarnados” foram ao rubro quando o Benfica operou a reviravolta no resultado. Após receber um passe de Ricardinho, César Paulo aguentou a pressão e deixou a bola para trás à mercê do remate de Arnaldo ao ângulo superior esquerdo da baliza espanhola. Mas a resposta do detentor do troféu não demorou a chegar. Uma falha de marcação obrigou Bebé a sair até ao limite no lado direito da sua área, local onde Torras assistiu Betão que, com um precioso desvio de calcanhar, restabeleceu a igualdade. Esta podia ter ficado desfeita quando o remate de Schumacher, campeão mundial pelo Brasil em 2008, passou ao lado do alvo, embora tenha ainda batido na trave.
Com cinco minutos e meio por jogar, César Paulo surgiu diante de Amado e tentou fazer-lhe um chapéu, mas a bola bateu na barra e ninguém da formação da casa conseguiu a emenda. A poucos segundos do fim, Bebé defendeu os remates de Gabriel e Schumacher, obrigado a prolongamento de dez minutos.
Na primeira parte do período extra, Amado repôs a bola em jogo para a zona central mas Davi, exemplar durante todo o encontro na marcação a Betão, antecipou-se a toda a gente, embalou direito à baliza e rematou rasteiro para o 3-2. A trituradora “máquina verde” não se mostrou tão oleada como noutras ocasiões e pareceu ter acusado o tento, tendo visto ainda Pedro Costa e Ricardinho atirarem ao poste. Após o recomeço do prolongamento, Neto surgiu sempre como guarda-redes avançado nas jogadas de ataque da sua equipa, mas o espírito de entreajuda do "cinco" benfiquista revelou-se inexcedível e proporcionou a Portugal um feito inédito.
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